quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ENCONTRO NA ESCURIDÃO

Escuridão.
Eu não podia ver um palmo a minha frente. O breu total era incomum. Não conseguia identificar que lugar era aquele. Não havia cheiro, barulho, nada preenchia o ambiente além da total escuridão.
Pouco a pouco fui tomado por uma angustia que crescia gradativamente. Ela tentava ganhar o status de pânico. Eu procurei controlá-la o máximo que pude. Mas ela lutava bravamente. Impondo a mesma intensidade que eu, porém, de maneira contrária. Lançando-me no abismo do desespero com tanta força, que eu não sabia mais se era capaz de suportar.
Olhei em todas as direções. Ansioso, nervoso, afoito.
Nada.
Aquilo era surreal. E o tempo parecia estar congelado. Eu não tinha a menor noção de onde estava, ou mesmo, de que horas eram e quanto tempo havia passado.
De repente, ouvi um barulho tímido, porém, acelerado se anunciar. Nervoso, olhei novamente em todas as direções. Nada.
Fechei os olhos para fugir dos engodos dos sentidos. Percebi que era meu coração que estava um pouco agitado. Apesar disso, mantive os olhos fechados mais algum tempo. As batidas voltaram ao ritmo costumeiro. Mas ainda sim, permaneci dentro da minha própria escuridão, me trancando um pouco além daquela que me cercava.
Não sei quanto tempo se passou até aquela luz quase me cegar, preenchendo a escuridão de súbito. Meus olhos arderam, mesmo estando fechados, e eu fui forçado a me virar na direção oposta. Quando a intensidade da luz perdeu força, senti um calor invadir o espaço onde estava. Isso foi seguido de um barulho que, depois de alguns segundos, identifiquei como sendo um grunhido. Que ganhou força gradativamente.
Ainda receoso, fiz um esforço e me voltei para a direção de onde a luz veio. Com cautela, e medo talvez, abri os olhos novamente. O ambiente não estava claro como eu havia imaginado. Pelo menos, não com luz branca. A escuridão havia dado lugar a uma tonalidade vermelha, meio alaranjada. E eu me vi cercado por cinco pilares de mármore amarelo, dentro de um enorme salão. Que facilmente chegava aos 20 metros de altura. O teto era ornamentado de maneira a parecer uma galáxia. A única coisa que os diferenciava: era a cor. Porém, eu percebia a mesma profundidade de uma galáxia naquela imensidão vermelha.
Olhei novamente para os pilares e notei que todos possuíam desenhos “tribais” talhados em sua estrutura. O chão era liso e feito de enormes mármores laranja, com vãos bem fininhos separando uns dos outros.
No entanto, algo tirou a minha atenção daqueles pequenos detalhes. Meus olhos fitaram apreensivos uma espessa cortina de fumaça que começa a se formar a minha frente. Ela era vermelha e não possuía cheiro algum. Aquilo me deixava ainda mais preocupado. E quando eu vi um par de olhos ganhar forma dentro daquela fumaça, dei um passo atrás, demonstrando certo medo. Mas a manifestação não se deteve ali. A figura cresceu de forma colossal. Tanto em altura, quanto em largura. Eu engoli em seco o que vi. Meus olhos demoraram a crer no que viam. Mas eu bem sabia que era real. Minha experiência anterior me permitia à certeza. Aquilo não era meramente fruto da minha imaginação. A figura gigantesca me olhava impetuosa. Certa da presa fácil que eu era. Pelo menos era o que ela deveria estar pensando. Afinal, em tamanho pelo menos, ela tinha uma vantagem aterradora. E, além do mais, qualquer um teria ficado petrificado diante de sua imagem.
Cinco cabeças se moviam sibilantes. Elas eram sustentadas por uma massa corporal escamosa, com duas asas grandes e cartilaginosas saindo de suas costas e uma calda sacudindo silenciosamente por detrás daquele volume.
Não havia outra criatura em existência alguma que possuísse aquela aparência e aquela intensidade de presença. Apenas uma; era capaz de causar o estado em que eu me encontrava.
Tiamat!
A Deusa dos dragões Malignos. A mais temida de todas as feras.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Bienal do Livro - Uma experiência única!!!

É muito emocionante estar na Bienal do Livro.
E pensar que eu quase deixei passar essa oportunidade. Eu realmente ficaria muuuuito frustrado se tivesse feito isso. Mas graças a Deus eu não fiz! Pelo contrário: encarei de cara o desafio e me aventurei nas páginas da minha própria vida, descobrindo as inumeras possibilidades que ela escondia.
Pré-Mortais está sendo comprado de forma ousada pelos leitores, que dão um voto de confiança a história e se arriscam a aventura-se nesse novo mundo de aventura.
Espero do fundo do coração que todos possam gostar da história e, mesmo aqueles que talvez não gostarem, possam contribuir com criticas construtivas para que eu possa melhorar meu trabalho e surpreendê-los no futuro!!
Obrigado a todos que estão me dando um voto de confiança ao embarcar nessa aventura!!!
- Anderson Assis -